Alvinegro chega à liderança quase na metade do Brasileirão e se apoia na resiliência do elenco

O Botafogo voltou à liderança do Brasileirão depois de vencer o Vitória por 1 a 0 na última quinta-feira, em Salvador, em jogo válido pela 16ª rodada. A chegada ao topo contou com tropeço do rival Flamengo, que era o dono do primeiro lugar nas últimas semanas.

Reunimos cinco motivos que explicam como o time de Artur Jorge assumiu a primeira posição do campeonato.

“Esse Botafogo é mais competitivo que o do ano passado”, diz Sergio Santana

Boas atuações do goleiro John

A defesa era um dos problemas no Botafogo na reta final de 2023 e da atual temporada. Com a saída de Lucas Perri, John foi contratado para assumir a titularidade. No entanto, enfrentou problema com lesão, que o tirou de combate e da briga pela posição nos primeiros meses no clube.

Com a chegada de Artur Jorge, o goleiro voltou a ter oportunidades, teve sequência e foi importante, inicialmente, na construção da saída de bola com os pés. Passou a ser exigido com as mãos e deu pronta resposta.

Entre as boas aparições, evitou a derrota em casa para o Athletico-PR e, no último jogo, fez uma defesa difícil que garantiu os três pontos. John fez 13 jogos da competição e sofreu 10 gols.

Bola aérea

Quatro jogos do Botafogo foram decididos na bola área. Três deles garantindo empate e um deles, vitória – esta diante o Fluminense. O zagueiro Bastos, um dos destaques da campanha até agora, fez três desses quatro gols. O Alvinegro evitou a derrota com os gols feitos dessa forma.

Mas o fundamento também tem surtido efeito defensivamente, já que o time parou de sofrer gols em bola parada – o que também era um problema. A defesa, inclusive, é a terceira melhor da competição com 14 gols sofridos em 16 jogos – atrás apenas de Palmeiras (12) e Internacional (11).

Resiliência e mudança do time em meio a desfalques

Artur Jorge sofreu com desfalques desde sua chegada ao Botafogo. Ainda assim, conseguiu administrar situações para manter a competitividade do time.

Desde junho ele não contava com Savarino, titular do ataque, nem com Jeffinho, substituto natural. O treinador português testou opções, voltou atrás no que não dava certo até colocar Tchê Tchê na função.

No jogo contra o Vitória, por exemplo, o time não tinha o zagueiro Bastos e o atacante Tiquinho Soares. O técnico ainda optou por poupar Damián Suárez e Cuiabano – visando o jogo contra o Palmeiras. Durante a partida, perdeu Luiz Henrique e Eduardo com problemas físicos. Mesmo com seis baixas no total, o time conquistou o resultado positivo.

Nova mentalidade e novos jogadores

Um dos pilares das novas contratações para 2024 foi mudar o perfil de jogadores. Trazer atletas mais experientes, “cascudos” e com mental mais forte foi pauta na busca por reforços. A leva trouxe o experiente Damián Suárez, de 36 anos, com passagem pelo futebol espanhol.

Além dele, Gregore, destaque no duelo com o Vitória pelo comando do meio-campo e desarmes, foi trazido do Inter Miami, time que em atuava ao lado de Messi. Antes de ir aos Estados Unidos, ele era o líder do Bahia.

Óscar Romero é outro jogador que tem sido opção frequente para Artur Jorge, principalmente para segurar a bola na reta final dos jogos. Ele também tem sido importante em cobranças de escanteio, que resultaram em perigo ao adversário. O paraguaio tem experiência pela seleção e passagem de sucesso recente pelo Boca Juniors.

Diferentes formas de marcar gols

Embora Júnior Santos seja o artilheiro disparado do time em 2024, o Botafogo não tem um único artilheiro no Brasileirão. Os gols foram feitos por atletas de diferentes setores. Savarino balançou as redes quatro vezes e é o que tem maior número, mas a lista ainda tem meias e volantes.

Além da bola aérea que garantiu resultados, contra o Atlético-MG o time fez três gols com chute da entrada da área, por exemplo.

• 4 gols – Savarino
• 3 gols – Danilo Barbosa
• 3 gols – Bastos
• 3 gols – Júnior Santos

Fonte: Globo Esporte